
Doença de Peyronie
Caracteriza-se pela formação de fibrose nos corpos cavernosos, que geram deformidades ou curvaturas no pênis. Ocorre mais comumente em homens com mais de 40 anos e a causa ainda é pouco conhecida. Acredita-se que traumas (ou micro-traumas despercebidos) no pênis, associados a algumas doenças que prejudiquem a circulação, como pressão alta, diabetes e colesterol alta, sejam a causa do problema. A doença se caracteriza por uma fase aguda, onde o paciente pode sentir dor peniana, um nódulo palpável ou apenas o início da curvatura; e uma fase crônica, em que há estabilização da deformidade.
Até hoje, nenhum tratamento via oral mostrou-se efetivo durante a fase aguda ou crônica em prevenir ou melhorar a curvatura. Nos EUA, existem algumas injeções (Xiaflex®) que podem melhorar um pouco a curvatura (mas não completamente). Essas injeções não estão disponíveis no Brasil e o valor para importá-las é extremamente alto. Ondas de Choque de Baixa Intensidade foram estudadas para Peyronie, mas a conclusão foi de que apenas melhoraram os sintomas de dor, mas não a curvatura/deformidade. Outros tratamentos têm sido estudados, mas os dados ainda são escassos, como bombas de vácuo e extensores penianos.
Atualmente os principais tratamentos disponíveis estão focados na fase estável da doença e são cirúrgicos. Estão indicados para pacientes com deformidades/curvaturas que prejudicam a atividade sexual. São eles:
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Plicatura Peniana.
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Incisão da Placa de Fibrose e Enxerto
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Prótese Peniana com Reconstrução
Cada tratamento deve ser individualizado para cada paciente e depende de fatores como, grau da curvatura, tipo de deformidade, comprimento do pênis, função erétil, e claro, desejo do paciente.